Nuvem de cinzas de vulcão chileno chega ao Estado

correiodopovo / Metsul



A MetSul Meteorologia confirmou que a pluma de cinzas do vulcão Cordón Caulle, no Chile, começou a ingressar no Rio Grande do Sul por volta das 8h desta terça-feira. Imagens de satélite analisadas pelos meteorologistas mostram a nuvem entrando no Estado pela Fronteira Oeste (Barra do Quaraí, Quaraí, Uruguaiana e Itaqui). De acordo com a MetSul, dificilmente ocorrerá precipitação de cinzas em locais distantes da erupção, mas não se pode descartar o fenômeno devido à interação da nuvem vulcânica com a nebulosidade presente no território gaúcho. Foi o que ocorreu em 21 de abril de 1993, quando cinzas caíram sobre Porto Alegre e o interior do Estado em dia de céu encoberto por nuvens e instabilidade. 



Autoridades chilenas alertam para o caráter tóxico da nuvem apenas na região da erupção. Em locais distantes, as cinzas avançam em altos níveis da atmosfera. Em 1993, quando ocorreu a precipitação no Estado, não houve consequências para a saúde da população.



Na imagem (abaixo) do satélite europeu, especialmente usado para o monitoramento de cinzas vulcânicas, é possível ver a pluma de cinzas do vulcão chileno (na cor amarela) chegando ao Norte da Argentina e ao Oeste do Rio Grande do Sul. A nuvem "ondula" para o Sul sobre o Centro do Uruguai e avança por milhares de quilômetros sobre o Atlântico Sul até quase a África do Sul.








No início da manhã, a MetSul Meteorologia, que monitora a erupção do complexo vulcânico Puyehue-Cordón Caulle desde sábado, emitiu comunicado informando que a pluma de cinzas vulcânicas havia chegado ao Sul da Bolívia, Oeste do Paraguai, Sul do Uruguai e à área da cidade de Buenos Aires durante a madrugada.