O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou no dia 22, a Pesquisa das Características Etnorraciais da População: Um Estudo das Categorias de Classificação de Cor ou Raça que mostra que o brasileiro é em verdade preconceituoso e discriminador em relação a várias situações e territórios sociais quando se trata de cor e raça.
Na pesquisa feita com 15 mil domicílios de cinco estados e o Distrito Federal (DF), para mais de 63,7%, mais da metade da população brasileira, a cor e raça falam mais alto nas variadas relações sociais cotidianas. E é exatamente no território trabalho que o preconceito e a discriminação saltam aos sentidos e à razão. Para 71% dos entrevistados, o trabalho é o território de preferência para o exercício dessa patologia social.
A pesquisa apresenta a força da violência preconceituosa e discriminante quando é referente à ação da polícia/Justiça. Nesse território, 68,3% confirmam a patologia social contra a cor e a raça. Já no convívio do território geral aparece o número preocupante de 65%.
O estudo que mostra o quadro violento e perigoso que impossibilita o uso político de democracia foi realizado nos estados do Amazonas, Paraíba, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Distrito Federal. E o pior, para confirmar o mau: 96% do total dos entrevistados souberam se autoclassificar
