São Paulo e Flamengo não avançam

Por JUCA KFOURI

Os clássicos do Morumbi (com apenas 16.813 pagantes) e do Beira-Rio viveram climas bem diferentes.
Enquanto em São Paulo o jogo foi quente e o São Paulo saiu na frente do Palmeiras graças a um golaço de Dagoberto, por cobertura,  se aproveitando da posição adiantada de Marcos, em Porto Alegre o jogo foi frio e o Flamengo só fez 1 a 0 no Inter porque Ronaldinho bateu falta com perfeição e se aproveitando de falta cometida por Willians na barreira colorada.

O Palmeiras exigiu muito mais de Rogério Ceni do que o São Paulo de Marcos, mas é crônico o problema alviverde na hora agá.

E se o Inter dominava e simulava pênaltis a ponto de perder Guiñazu, o Flamengo era mais perigoso quando atacava.

No segundo tempo, o panorama mudou.

Mesmo com 10, e com Andrezinho no lugar de Tinga e Dellatorre no de Jô, o Inter não demorou a empatar, fruto de um escanteiro inexistente, Leandro Damião deu de calcanhar para o zagueiro-artilheiro Índio empatar, aos 5.

O Flamengo estava absolutamente recolhido, apesar do  jogador a mais.

E o São Paulo também voltou muito tímido, aceitando a pressão palmeirense, até que, aos 16, Marcos Assunção bateu falta sobre a área e Henrique empatou: 1 a 1.

O Palmeiras trocara Márcio Araújo por Maikon Leite.

Aos 13, como se fosse Zagallo, Luxemburgo mexeu duas vezes, para repor o Flamengo no ataque e Muralha e Jael entraram nos lugares de Luiz Antonio e Bottinelli.

Deu certo rapidamente, porque, dois minutos depois, Ronaldinho deu para Júnior César e este achou Jael na área para que o Cruel pusesse o Mengo outra vez na frente: 2 a 1.

Infeliz com o 1 a 1, Adílson Batista pôs Marlos no lugar de Fernandinho, aos 24.

Aos 32 foi a vez de Rivaldo sair para entrar Cícero.

Felipão tirou Patrik e colocou João Vitor, exatamente para cuidar de Cícero.

No gelado Beira-Rio o Flamengo congelava o Inter e Ronaldinho deu o terceiro gol para Deivid desperdiçar, de peixinho, aos 30 — daqueles gols que até o Rafael Belattini faria.

E aí o castigo veio a cavalo, quer dizer, de bicicleta.

Andrezinho centrou, D’Alessandro tocou pelo alto e Leandro Damião fez um golaço ao pedalar no ar para empatar, aos 32: 2 a 2.


Padecendo da Síndrome de Sydney, quando a Seleção Brasileira que comandava na Olimpíada foi eliminada por Camarões com 9 contra 11, Luxemburgo demorava para tirar Deivid e colocar Diego Maurício, o que só fez já aos 37.

E o empate que corintianos e cruzmaltinos queriam permaneceu também no Rio Grande do Sul como já havia acontecido em São Paulo.

Com louvor ao Inter que não poupou seus titulares mesmo com a Recopa Sul-Americana para decidir nesta quarta-feira, além de ter buscado duas vezes o resultado com um a menos e ainda sair reclamando de u’a mão na bola dentro da área carioca no derradeiro minuto.

Restava ao Vasco aproveitar os resultados do Morumbi e do Beira-Rio no Engenhão, diante do Fluminense, para assumir a vice-liderança.

Fonte: "Blog do Juca"